Belém não perdeu o ar tradicional das fachadas dos casarões, das igrejas e capelas do período colonial. A cidade ainda conta com importantes monumentos, parques e museus.
O que fazer em Belém, o portal de entrada da Amazônia
Com edificações históricas no Centro, que remetem aos tempos de glória do Ciclo da Borracha e à conquista da foz do rio Amazonas, Belém é uma cidade que consegue conservar sua história e ao mesmo tempo manter os olhos voltados para o futuro.Entre o exótico, o surpreendente e o contemporâneo, a cidade portuária, que nasceu na baía Guajará em 1616, fundada por portugueses, oferece ao visitante o que no Brasil há de melhor: mar, rio, natureza exuberante, história, culinária diferenciada e variada, acolhimento, serviços de turismo de primeira qualidade e muita cultura regional, além de museus e parques que contam parte da história indígena em nosso território.
Porém, antes de se aventurar pelas trilhas amazônicas, o visitante necessariamente precisa apreciar as belezas que estão à disposição na própria cidade. E um dos pontos mais famosos da chamada “Capital Amazônica” é o Mercado Ver-o-Peso, onde o movimento começa bem cedo.
Antes de amanhecer o dia, os pescadores vão trazendo o fruto de seu trabalho para o mercado, enquanto outros comerciantes vão ajeitando suas barracas de frutas, sementes, grãos, hortaliças, óleos e essências naturais.
Também do lado de fora o movimento começa bem cedo, nas barracas que oferecem desde artesanato até produtos para barganha. Mas as portas do mercado abrem-se apenas às 6 horas da manhã, quando o burburinho toma conta do lugar e o aroma das especiarias enche o ar de todos os corredores.
Bem próxima ao mercado está a praça Dom Frei Caetano Brandão, no centro antigo de Belém. O local foi ponto de encontro entre colonos e indígenas e hoje abriga importantes pontos turísticos.
A Catedral da Sé é uma atração que vale a visita. Enquanto seu exterior tem arquitetura barroca, seu interior segue os moldes do período neoclássico, com uma nave toda iluminada por 18 candelabros de ferro. Em outubro, é dessa catedral que parte a procissão dominical no Círio de Nazaré.
Na praça, também está a famosa Casa das Sete Janelas, uma antiga propriedade de um senhor de engenho, hoje usada como centro cultural, com obras de Tarsila do Amaral, Lasar Segall e Alfredo Volpi.
Histórico e ricamente ornamentado, o Museu de Arte Sacra é outra atração que deve estar em todo roteiro daquele que procura o que fazer em Belém do Pará. É formado pela Igreja de São Francisco Xavier e pelo Colégio de Santo Alexandre. São mais de 300 peças sacras, entre esculturas, pinturas e pratarias. É a chance do viajante conhecer a imagem de São Francisco de Borja com fundo falso para esconder ouro, o famoso “Santo do Pau Oco”.
Dois teatros devem ser visitados por aqueles que estão em busca de o que fazer em Belém. Um deles é o Theatro da Paz, inaugurado em 15 de fevereiro de 1878, possui linhas neoclássicas e foi construído no período áureo da exploração da borracha na Amazônia, inspirado no Teatro Scala, de Milão, na Itália.
Seu nome foi sugerido pelo bispo D. Macedo Costa, o qual também lançou a pedra fundamental do edifício, em 3 de março de 1869.
O Theatro da Paz mantinha o status de maior teatro da Região Norte, até ser ultrapassado pelo Teatro Estadual Palácio das Artes Rondônia, um dos mais luxuosos do Brasil, com cerca de 140 anos de história, além de também ser considerado um dos teatros-monumentos do país, segundo o IPHAN.
A história da cidade e da riquíssima região amazônica está presente também no internacionalmente aclamado Museu Paraense Emílio Goeldi, inicialmente denominado Associação Philomática e popularmente conhecido como Museu Goeldi.
Foi fundado em 1871, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo Federal, e possui acervos de conhecimentos nas áreas de ciências naturais e humanas relacionados à Amazônia, além de promover pesquisas e estudos científicos dos sistemas naturais e culturais da região. É a mais antiga instituição na região amazônica.
Já o Forte do Presépio é um dos marcos da formação da cidade e foi construído com o objetivo de proteger a cidade de possíveis invasores. Nos jardins, ainda descansam intactos os canhões que foram levados até o local, voltados para a baía, de onde poderia surgir algum navio inimigo. O local possui sala de exposições voltadas para a cerâmica marajoara e minerais da região. Ali estão expostos amuletos indígenas.
Estação das Docas é outro ponto obrigatório para quem procura o que fazer em Belém. Seus antigos armazéns de ferro foram transformados em espaços culturais e de entretenimento, com teatro, centro de exposições, artesanato, sorveterias e restaurantes.
A localização permite uma visão privilegiada da baía Guarajá, onde nasceu a capital. A “Estação”, como é conhecida, possui um moderno terminal fluvial: o Amazon River.
Além dos pontos turísticos de Belém mais conhecidos, existem tranquilas e pouco exploradas opções de lazer nas 18 ilhas que cercam a capital, lar de ribeirinhos e de uma natureza ainda preservada, onde pequenas canoas carregam frutos e peixes para a cidade.
Ao atravessar o rio Guamá em cerca de 20 minutos, a transição entre cidade e natureza é evidente: os barulhos e luzes da grande cidade vão ficando para trás, dando lugar ao silêncio e aos sons da floresta acompanhados por uma temperatura mais baixa.