Bariloche, a pequena cidade
hermana, quase um vilarejo, não é mais destino só de ricos e
famosos. Ainda muito badalada e mais acessível, a cidade ganhou o
apelido de “Brasiloche”, devido à invasão de brasucas nos últimos
tempos. Muita gente vai pra lá em busca não só de diversão, como também
para estudar espanhol. Nas férias, a alta procura continua sendo pelos
privilegiados resorts de esqui que a região oferece. Dona de invejável
localização, com paisagens compostas por lagos e montanhas de picos
nevados, Bariloche é considerada pioneira na prática de esportes de
inverno no Hemisfério Sul.
Apesar do forte apelo turístico,
Bariloche não é só diversão. A cidade de influência europeia exala
cultura e ensino, possui escolas de espanhol, monumentos históricos e
acervos de arte valiosos.
O Museu da Patagônia e o Museu
Paleontológico são os mais expressivos. Neste último, entre os
dinossauros representados, têm até exemplares de um ictiossauro, que
teria vivido na região há 150 milhões de anos.
Mas a exposição
(literalmente!) mais gostosa de ver fica no Museu do Chocolate, um dos
produtos mais famosos da cidade. Os visitantes percorrem as instalações e
o processo de produção da fábrica. Ao final, rola uma prazerosa
degustação da guloseima.
O frio abre o apetite. Por
isso, Bariloche é um prazeroso convite à comilança. São dezenas de
restaurantes, casas de chá e docerias que mesclam a culinária local com
receitas dos imigrantes europeus. O centro reúne os melhores lugares
para comer.
Além das carnes típicas argentinas, a
cidade serve um dos melhores fondues, massas, tortas e uma incrível
degustação de vinhos. Rola até cervejaria artesanal por lá. Os pratos
patagônicos à base de caça e pescados são outro destaque do cardápio.
Nessa categoria, brilham as trutas, o salmão, os defumados e patês com
carne de javali, cordeiro, cervo e coelho.
De sobremesa, os “chocolovers”
vão se esbaldar. A guloseima de cacau tem tradição e fabricação caseira
na cidade. Há várias lojas especializadas em chocolate, como a
conhecida Mamuscka. Um verdadeiro festival de boas calorias.
O que fazer em Bariloche?
Aproveite ao máximo o
principal centro de esqui da América do Sul. E mesmo quem não quiser
esquiar pode admirar a fantástica paisagem do branco da neve a bordo de
um dos teleféricos no alto dos cerros (montanhas).
Situado a 19 quilômetros do centro, o
cerro Catedral é a principal estação de esqui, com mais de 40 pistas
para diferentes níveis. As montanhas Otto e Campanário também são
bastante requisitadas para os esportes de inverno, enquanto o cerro
Tronador, um pouco mais distante da cidade, é o mais alto da região e
tem um mirante de onde se avista a divisa com o Chile.
A partir do centro, há
excursões de norte a sul que desnudam a paisagem patagônica ao redor do
imenso lago Nahuel Huapi. Os roteiros mais tradicionais são o Circuito
Chico (Pequeno Circuito), com percurso de 65 km, e o Circuito Grande,
com 240 km e duração de quase dois dias em meio a cenários incríveis.
Outra atração é o clássico
passeio de trem a vapor. A velha e boa “maria-fumaça” faz um trajeto
histórico à beira do lago e apresenta a Cordilheira dos Andes como
cenário de fundo. Os tours de barco que partem do porto são igualmente
divertidos.
Para não ficar só no contato com a
natureza, Bariloche tem um centrinho agitado e cheio de opções urbanas. O
visitante pode desfrutar das inúmeras lojas, restaurantes, hotéis,
bares e boates. O Centro Cívico é a praça principal, rodeada por uma
típica igreja e edifícios públicos. Tudo facilmente explorável a pé!